quinta-feira, 1 de maio de 2008

01/05/2008

Memória:
Senna: 14 anos depois, cada vez mais ídolo!!

Wagner Teodoro

Se você tem menos de 22 anos, pode não se lembrar das manhãs de domingo que começavam com uma vitória de Ayrton Senna, do piloto levando a bandeira brasileira na volta de comemoração e do hino nacional brasileiro tocado no alto do pódio. Mas certamente já ouviu alguém dizer que Senna é o maior piloto de todos os tempos. Numa época em que a Fórmula 1 não se decidia em voltas lançadas antes das paradas nos boxes, os carros andavam com motores turbo, os pilotos conseguiam pegar o vácuo para ultrapassar e decidiam no braço e nas freadas no final das retas os resultados, o brasileiro reinava.Reinava, mas com adversários de respeito. Senna correu com “monstros” do automobilismo, como o francês Alain Prost, seu principal rival, tetracampeão de F-1 e que ganhou o apelido de professor, o austríaco Niki Lauda, o britânico Nigel Mansell, o "Leão", e com o também brasileiro Nélson Piquet.Eram outros tempos, de uma outra Fórmula 1. Uma Fórmula 1 mais perigosa, que fazia vítimas fatais com certa freqüência. Um final de semana fatídico em Ímola mudou isso. No sábado, o austríaco Roland Ratzenberger morreu ao volante de uma Simtek. No domingo, foi a vez de Ayrton Senna, tricampeão mundial e principal estrela do automobilismo, perder a vida na curva Tamburello a bordo de sua Williams, na sétima volta do GP de San Marino. A repercussão foi enorme, a F-1 foi abalada e, a partir dali, houve consenso de que a segurança seria o principal foco da categoria.Aquele domingo que deixou o Brasil de luto foi há exatamente 14 anos, no dia 1º de maio de 1994. À comoção que se seguiu, veio a transformação do ídolo em mito. Um mito justificado pela trajetória e currículo de Ayrton Senna, cuja marca maior sempre foi a mensagem de ser um predestinado a vencer. “Gênio da Chuva” e “Rei de Mônaco” foram alguns dos “títulos” que Senna ganhou.Hoje, 14 anos após sua morte, Senna continua a ser venerado em todo mundo como um deus das pistas.

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